Lembra amor, do nosso primeiro encontro? Fazia frio lá fora e você chegou com seu ar de maroto, sorriso nos lábios, ansiedade no olhar. Eu lhe esperava como uma menina tímida, encostada na janela, olhando a vida passar.
O coração não sei se batendo rápido, trôpego ou devagar. Respiração presa; boca e entreaberta, querendo falar o que não sabia dizer.Só sei que quando ergui meus olhos e lhe vi sorrindo pra mim, o meu impulso de entrega foi mais forte que os meus receios de mulher.
Ah! Seus braços me enlaçaram, seus lábios me tocaram e senti naquele instante como se você fosse o primeiro, o único ou talvez quem sabe, meu último amor.
Ah! Não consigo me lembrar! Era um desejo imenso, um fogo intenso, tomando conta do meu ser. Era uma vontade tamanha de entrega, de permanência, sentindo sua presença, seu corpo, seu cheiro, seu riso, sua música, seu grito, seu lamento, sua súplica, sua busca, seu abandono, sua posse, seu egoísmo, sua doação.
Mas, mesmo assim, depois de tanto amor, tanta volúpia, tanto desejo, você foi embora. Deixou apenas saudades, de momentos vividos, de outros não vividos, somente sonhados ou desejados. Você partiu.
A noite escureceu, o dia amanheceu, o sol clareou lá fora, veio a chuva feita de lágrimas e lavou as ruas por onde seus passos caminharam em busca dos meus.
Você partiu. E de novo vieram outras noites, outros dias, o ciclo da vida não parou, só meus pensamentos ficaram assim parados, como se presos naqueles momentos de amor, que por certo não voltam nunca mais.
Onde está você, me diga? Onde estão nossos sonhos, nossas confidências, nossos desejos? Quero viver de novo, momento a momento, instantes a instantes do sonho vivido com você, mesmo que nesta outra noite eu tenha que sentir, entregar, delirar e depois lhe ver partir, e como em reprise, ver outros sóis nascerem, outras luas se esconderem e de novo com minhas lágrimas lavar as ruas por onde seus passos tiverem retornado a mim, na ânsia louca de apagar lembranças; de não sofrer mais.
18:04 |
Category:
O coração não sei se batendo rápido, trôpego ou devagar. Respiração presa; boca e entreaberta, querendo falar o que não sabia dizer.Só sei que quando ergui meus olhos e lhe vi sorrindo pra mim, o meu impulso de entrega foi mais forte que os meus receios de mulher.
Ah! Seus braços me enlaçaram, seus lábios me tocaram e senti naquele instante como se você fosse o primeiro, o único ou talvez quem sabe, meu último amor.
Ah! Não consigo me lembrar! Era um desejo imenso, um fogo intenso, tomando conta do meu ser. Era uma vontade tamanha de entrega, de permanência, sentindo sua presença, seu corpo, seu cheiro, seu riso, sua música, seu grito, seu lamento, sua súplica, sua busca, seu abandono, sua posse, seu egoísmo, sua doação.
Mas, mesmo assim, depois de tanto amor, tanta volúpia, tanto desejo, você foi embora. Deixou apenas saudades, de momentos vividos, de outros não vividos, somente sonhados ou desejados. Você partiu.
A noite escureceu, o dia amanheceu, o sol clareou lá fora, veio a chuva feita de lágrimas e lavou as ruas por onde seus passos caminharam em busca dos meus.
Você partiu. E de novo vieram outras noites, outros dias, o ciclo da vida não parou, só meus pensamentos ficaram assim parados, como se presos naqueles momentos de amor, que por certo não voltam nunca mais.
Onde está você, me diga? Onde estão nossos sonhos, nossas confidências, nossos desejos? Quero viver de novo, momento a momento, instantes a instantes do sonho vivido com você, mesmo que nesta outra noite eu tenha que sentir, entregar, delirar e depois lhe ver partir, e como em reprise, ver outros sóis nascerem, outras luas se esconderem e de novo com minhas lágrimas lavar as ruas por onde seus passos tiverem retornado a mim, na ânsia louca de apagar lembranças; de não sofrer mais.